quarta-feira, 25 de junho de 2008

Carnaval - Enredo Carnaval 2009

Carnaval - Enredo Carnaval 2009A.S.C.E.S.M CAMISA VERDE E BRANCOGuerreiros! Camisa Verde Faz a Festa e Prega a Paz Universal.
Introdução:Nossa viagem será contada pelo bom malandro, o sambista nosso de cada dia, nosso personagem. Ele nos levará por uma jornada pelos efeitos da falta de amor e felicidade no mundo, tornando-o hostil, até o momento de seu encontro com Momo, o rei da folia, que libertará os homens dos grilhões do submundo e, junto com a Camisa Verde, brindará a uma nova era.Nesta era, prevalecerá o Amor, que criará um verdadeiro universo de alegria.
Sinopse:Descritivo1ª Parada - O Caos da Humanidade
O bom malandro observa os odores e as dores, efeitos das ações patrocinadas pela ambição e o egoísmo dos homens, representados no nosso carnaval pelos semeadores do mal: a fome, a peste, a guerra e a morte anunciadas pelos anjos malignos dos pecados capitais, fruto do individualismo e da falta de amor à natureza. Do corte profundo no peito do homem vazará as mazelas da cidade: o odor do ser humano em profusão, junto com o chumbo da paisagem urbana, onde nada mais será visto além do líquido espesso e rubro que correrá vagarosamente para os buracos abertos no chão. Nada mais do que o céu negro, pó de ossos misturados com poucos raios do sol, a refletir nas retinas secas daqueles míseros viventes. Não haverá mais alegria na cidade podre, sem governo, sem destino. Não haverá música, nem cantos, não haverá nenhum Deus a quem orarmos... Não haverá mais nada: tudo que houve um dia desapareceu com o fogo, o ácido, o gás e o chumbo.Os sobreviventes vagarão por entre destroços de edifícios caídos e pedaços de pássaros de aço; alguns, em carne viva, se esgueirarão à procura de restos que possam comer, por entre covas rasas, covas abertas por ninguém, no chão calcinado. Daquele corte vazará também o último suspiro de vida do ser humano, porque a guerra é desumana e cruel, ela nos deixa sem esperanças. Porém, em contraponto aos efeitos da guerra, surgem às cores que constituem a nossa bandeira: o verde, a cor da esperança de que o homem, um dia, não mais patrocinará a guerra e o branco, a cor símbolo da paz. Retrataremos, no carnaval 2009, as agruras ocasionadas pelos combates, mas, principalmente, as aspirações por uma paz universal, para construirmos um mundo muito melhor.2ª Parada- Cavaleiros do MalO Homem, a Ambição e a Guerra.Com a criação das primeiras células de vida, os conflitos deram o primeiro passo. A definição de qual seria a célula mais poderosa causou intensos lutas entre elas, onde os diferentes interesses entre os grupos de células levaram à primeira guerra da história. Não se sabe ao certo a data do ocorrido, nem os dados da guerra, sabemos apenas que as vencedoras foram as células tronco, por serem mais rígidas. Esse foi o estopim para unir a história da vida com a história da guerra humana. A guerra é mera manifestação exterior do nosso estado interior, uma ampliação das nossas ações de cada dia. Atualmente, ela parece mais espetacular, mais sanguinolenta, mais devastadora; é, porém, o resultado coletivo das nossas atividades individuais; tu e nós, por conseguinte, somos responsáveis por ela."Como são belos, sobre os montes, os pés do mensageiro que anuncia a paz, do que proclama boas novas, do que diz a Sião: O teu Deus Reina" Isaías 52.7.A Visão Dos Paraísos e Infernos.A concórdia entre os homens torna-se cada vez mais uma miragem, uma utopia, obscurecida por tons cinzentos e espessos de explosões e inaudível pelos sons de tiros, inviabilizada pelo choque de titãs. As hierarquias implacáveis e nefastas dos deuses e políticos divinizados pelos subservientes unem-se em simbioses escabrosas, para espalhar o Inferno entre os inocentes que apenas desejam a vida. Essas hierarquias, aumentadas ao máximo, denotam toda uma artificialidade extrema, engendrada por mentes cruéis tão destituídas de sua condição de humanas pelas alucinações das massas, que coloca seres sobrenaturais e imaginários em quaisquer mentes.A humanidade não é mais que um conceito, longínquo no espaço e no tempo, uma visão de homogeneidade de direitos, dignidade e paz na heterogeneidade de pensamentos e criatividade. O que temos é um mundo composto de retalhos imiscíveis e mutuamente exclusivos que exercem, a cada momento, a arte macabra de utilizar poderes divinizados de controle das massas desinformadas e sedentas de vida, impondo a vontade dos seres imaginários, e sobrenaturalmente monstruosos, do sexismo, homo fobia, genocídio, infanticídio, intolerância, discriminação, exploração sexual, ou quaisquer outras metáforas cruéis de Inferno a que podemos aludir.Seres sobrenaturais e imaginários servem como desculpa para as conseqüências nefastas de nossos atos, que tiram do homem sua dignidade e igualdade, a sua vida de livre pensamento e criatividade emancipada, a sua fraternidade e amor a si próprio e aos que o rodeiam. Tudo isto que nos roubam constitui o Paraíso e sua perda remete o homem ao Inferno. É imperioso pilhar o Paraíso e deliciarmo-nos com aquilo que nos pertence por direito natural.3ª Parada - O homem busca uma saída.Nesta parada, o bom malandro observa o homem universal. São os cinco povos em busca de saída para seu conforto espiritual, para sua paz interior: os africanos, com sua magnitude cultural, berço da humanidade, terra de alegrias, mas de desigualdades sociais; os orientais, envoltos em sua sabedoria milenar, culto aos ancestrais e divindades naturais, representadas pela disciplina e respeito; os povos brancos, orientados pelo cristianismo e suas doutrinas bíblicas; os povos vermelhos, através do xamanismo, traduzindo, nas músicas e mantras, a paz, amor e a cura. Em sua busca, entre os povos latinos, encontrará uma raça miscigenada, onde todas as outras se entrelaçam na cultura, religião e costumes, tornando este imenso Brasil em terra de todos e também de ninguém.Comunhão em ReligiãoO medo do desconhecido e a necessidade de dar sentido ao mundo que o cerca levou o homem a fundar diversos sistemas de Crenças, Cerimônias e Cultos, muitas vezes centrados na figura de um ente supremo que o ajuda a compreender o significado último de sua própria natureza. Mitos, Superstições ou Ritos Mágicos são as primeiras formas de religião que as sociedades primitivas criaram em torno da existência sobrenatural, inatingível pela razão e que equivale à crença num ser superior e ao desejo de comunhão com ele, Religião (do latim religio, cognato de religare, "ligar", "apertar", "atar", com referência a laços que unam o homem à divindade) é o conjunto de relações teóricas e práticas estabelecidas entre os homens e uma potência superior, à qual se rende culto, individual ou coletivo, por seu caráter divino e sagrado. Assim, religião constitui um corpo organizado de crenças que ultrapassam a realidade da ordem natural e que tem por objeto o sagrado ou sobrenatural, sobre o qual se elaboram sentimentos, pensamentos e ações. Essa definição abrange tanto as religiões dos povos ditos primitivos quanto às formas mais complexas de organização dos vários sistemas religiosos, embora variem muitos os conceitos sobre o conteúdo e a natureza da experiência religiosa. Apesar dessa variedade e da universalidade do fenômeno no tempo e no espaço, as religiões têm como característica comum o reconhecimento do sagrado e a dependência do homem de poderes supramundanos. A observância e a experiência religiosas têm por objetivo prestar tributos e estabelecer formas de submissão a esses poderes, nos quais está implícito a idéia da existência de ser ou seres superiores que criaram e controlam o cosmos e a vida humana. À medida que o homem passou a organizar sua existência numa base racional, a multiplicidade de poderes divinos e sobre-humanos do primitivo animismo não conseguiu mais satisfazer a necessidade de estabelecer uma relação coerente com as múltiplas forças espirituais que povoavam o universo. Surgiram assim, as religiões politeístas, panteístas, deístas e monoteístas, expressões das condições sociais e culturais de cada época e das características dos povos em que surgiram. Toda religião pressupõe algumas crenças básicas, como a sobrevivência depois da morte, mundo sobrenatural etc., ao menos como fundamento dos ritos que pratica.O Poder da FéSegundo estudiosos, todo ser humano tem imanente dentro de si um poder que o torna capaz de criar tudo aquilo que deseja com uma vontade firme e persistente. De acordo com essa premissa, somos feitos à imagem e semelhança de Deus, como afirmam as Escrituras Sagradas. Essa capacidade nos é inerente e responde de maneira diretamente proporcional às nossas crenças e convicções. Esse poder bem poderia ser chamado de "vontade inquebrantável" ou "desejo da alma", ou seja, o poder da fé.Livres, enquanto cidadãos, para praticarmos a nossa fé, no plano pessoal, a paz designará um estado de espírito isento de ira, desconfiança e, de um modo geral, de todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si própria e, eventualmente, para os outros, a ponto de tornar-se uma freqüente invocação (que a paz esteja convosco); é um objetivo de vida. No mundo global de hoje, os vizinhos são todos os seres humanos, começando por seus conterrâneos nacionais. Para nós, brasileiros do século XXI, nossos vizinhos são 185 milhões de compatriotas. A paz de cada brasileiro depende, portanto, do bem-estar de cada um dos outros brasileiros, sem fome nem violência. Por isso, se queremos conquistar a paz universal, temos de agir. A paz não estará completa enquanto todos os brasileiros e outros povos não tiverem a mesma chance na vida. O caminho é lutar, em 2009, para que o Brasil e as demais nações comecem suas revoluções positivas.Congraçamento Dos PovosA paz é a respiração do nosso espírito, ela brota das profundezas do nosso ser, para refrescar, curar e inspirar. Ela é um direito nato de todos e a sua presença eterna está dentro de nós como uma memória de onde viemos e para onde desejamos vivamente ir. Nosso mundo está em meio à mudança por milênios, nós temos contemplado, refletido e praticado a idéia de paz. Ainda assim, somos incapazes de sustentar a paz. Para transcender os limites do nosso próprio pensamento, nós devemos reconhecer que a paz é mais do que o cessar do conflito. Para que a mesma se espalhe pela face da Terra, devemos compreender que todas as pessoas anseiam por ela.Nós apelamos para que a humanidade se una, respondendo à necessidade de paz e convidamos cada indivíduo a criar e cultivar uma visão pessoal da paz. Nós convidamos cada família a gerar e nutrir a paz dentro de sua casa e a cada nação a encorajar e apoiar a paz entre seus cidadãos. Nós convidamos cada líder, esteja ele na sua casa, no seu templo ou no seu local de trabalho, a ser um exemplo vivo de paz, porque é somente desta maneira que nós podemos esperar que a paz se espalhe pela face da terra.4ª Parada - Reinado de Momo Abre as Portas e Anuncia a Paz Universal.Nesta última parada, nos encontraremos com MOMO, rei da folia, e com o samba, representado pela nossa querida Camisa Verde que, ordenada por Momo, proclamará ao mundo a união entre as nações e corações, uma mensagem de alegria, amor, felicidade e principalmente paz, sem distinção de credo, cor e raça e com muito samba no pé. Nossa bandeira será hasteada em verde e branco, bandeira de esperança e paz, a paz universal que aflorará dentro de todos nós, nação verde e branca, sambistas e civilizações de todos os cantos da Terra.O governo e as leis não podem curar o coração; por isso, nós devemos transcender o que quer que seja que nos separa, dando amor e respeito, dignidade e conforto para conheceremos o que de fato é a paz. Aprendamos a amar os nossos próximos, assim como nós nos amamos, trazendo a paz para o mundo e, por meio deste carnaval, nos comprometermos com esta nobre empreitada, de semearmos a paz entre os homens. A Paz é alcançada por aqueles que fazem sua parte em um projeto maior.A paz e a segurança são conseguidas pelas sociedades onde os indivíduos trabalham juntos para servir o bem comum e a co-existência pacífica entre nações é um reflexo ampliado da tranqüilidade interna do homem. Doar-se, iluminadamente, para o próximo, traz a paz para aquele que doa e para aquele que está recebendo.Hernane SiqueiraCarnavalesco